Separando a persona da personagem. Dividida em múltiplas atenções, ao que desprende e ao que prende, ao que pretende e ao que é urgente, deixo-me de lado em poucas evidências de foco. Me catalisam, parabolicamente. Uns em necessidade da minha atenção, outros em incomodo. Subo e desço, velut luna. Me liberto em existência. E palavra escrita.

15 de out. de 2010

política e povo

Não sou covarde e nem alienada, mas estou em choque.
Saber que 40% do nosso país é à favor da repressão, do preconceito, da corrupção, da miséria, da violência, da ignorância e da mentira...
É preocupante saber que voto, pruma maioria é igual à prêmio multishow ou finalista Big Brother. Você escolhe, mas o resultado não lhe diz respeito - é o cara quem leva a fortuna.

Cada um escolhe seu candidato. E entre dois, vejo São Paulo e vejo o Brasil. Simples assim, como diz a propaganda.

Entre falar e não falar sobre política por questões éticas, entra a responsabilidade civil. Porque política não é futebol. Não tem que ter paulada - já houve um tempo em que a cicuta era aplicada à quem pensava e falava demais.

Durante as campanhas políticas, já estamos governando um futuro estado.
As leis do aborto e da união civil homossexual voltam ao templo de Edir Macedo e da idade média.

E umas dúvidas chegam...
Teremos mais 8 anos atrás da Argentina?
A dívida externa pode voltar?
A crise vai ser superada novamente, ou vamos deixar o pais na enchente e culpar o povo à pagar a conta com juros?

Tenho trabalho e tenho sustento. Não mudo o modo em que vivo. HOJE VIVO.

Viva bem e não brinque com esse país. Ele não é a bola da pelada.

Não silencio. O silêncio é a morada do medo.